Dez por Marcio Belem

Dez.

Numero da compleitude para os judeus.

Numero magico nos gramdos do futebol.

Dez foi Pele, completo.

Não como Garrincha, cujo sete as costas, tal qual na numerologia judaica, significava a perfeição.

Se a biblia diz que o poder de Deus se aperfeiçoa nas fraquezas, em minha humilde opinião o Senhor quis nos dizer algo através daquele imperfeito e genial jogador.

Dez foi o numero dos maiores craques da historia.

Zico, Rivelino, Maradona, Ronaldinho Gaucho.

Não tão enigmatico quanto o treze de Johan Cruyff, o maior futebolista holandes, escola de um futebol alegre , eficiente, mas de poucas conquistas.

Nem tão expressivo como o nove de Ronaldo, de Van Basten, os maiores centroavantes que ja existiram.

Nem resgatado como o onze, cuja posição antigamente jogavam os que menos sabiam de bola,e que com o passar do tempo vestiu o genial Romario e o estonteante Neimar.

Nem tão singelo como o seis de Nilton Santos e de Junior.

Para os craques da oito, a dez era um sonho que não ousavam buscar, afinal, Gerson e Didi, se contentavam em municia-los com lançamentos perfeitos.

Nem tão solitario como o um de Yashin, de Mazurkievsky, de Manga ou de Tafarel.

Nem tão esquecido como o dois dos laterais que compunham elenco ate surgirem Carlos Alberot Torres e Leandro.

Nem tão sisudo como o tres e o quatro dos botinudos zagueiros Abel e e Ramos Delgado.

Nem tão magico como o cinco dos admiraveis Beckembauer e Kroll.

Dez!

Faltam dez jogos para realizarmos o sonho do titulo.

Que a cada jogo sofrido acende em nós esperança e medo, confiança e incerteza. Que o nosso Botafogo possa enxergar em cada numero citado o melhor de cada jogador representado.

Que Jeferson tenha a segurança de Manga, a elasticidade de Yashin, a tranquilidade de Tafarel.

Que Lucas e Alessandro possa ser iluminados pelo talento de Carlos Alberto Torres e pela garra de Leandro.

Que nossa zaga seja intrepida como Abelão e bem colocada como Ramos Delgado.

Que Cortes se esqueça um pouco do deslumbramento e se mire não no Nilton, porque isso é impossivel, mas no corajoso Junior.

Que Matos seja paciente como Beckembauer e brilhante como Kroll.

Que Renato mire-se nos lançamentos de Didi e na perfeição dos passes de Gerson.

Que Elkeson procure a eficiencia de Ronaldo e Maicosuel a inspiração de Garrincha.

Que Herrera seja tão abusado quanto Romario e Neimar.

E que Loco Abreu seja ele Loco Abreu!

Pois so assim acordaremos deste sonho para encarar a realidade tão esperada, tao buscada, tao desejada por cada fiel e apaixonado botafoguense deste mundo.